Congregação Adonai Shamah: A VOZ DA VERDADE!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

OS EFEITOS DA HELENIZAÇÃO NA FÉ BÍBLICA (LEIAM ATÉ O FIM!!)

A HELENIZAÇÃO DA CULTURA BÍBLICA

Nos dias de hoje temos visto uma crescente valorização da cultura grega, o amor à lógica, ao raciocínio, à sistematização, ao belo, à mitologia grega e etc..essa influência é exercida em todos os segmentos da sociedade, nas artes, nas literaturas, na ciência no modo de vida das pessoas, na religião, enfim, em TUDO, e de uma forma tão sutil e arraigada, que mesmo as muitas pessoas que professam uma fé cristã, não percebem o quanto já foram infectadas por este virus mortal. Muitos não se dão conta de quão perniciosa foi a helenização (introdução da cultura grega) na cultura Bíblica judaica original. A essência da helenização é a mistura, o sincretismo religioso, a sutil inserção de valores e divindades do panteão grego na cultura bíblica originalmente judaica. A helenização traz ainda a substituição dos valores, mandamentos e datas que o próprio D'us vivo instituiu em Sua Palavra, por outros valores, mandamentos e datas próprios. Este atual sistema de coisas do mundo (com sua herança helênica) visa mascarar, esconder, e eliminar todo traço da influência judaica Bíblica instituídas pelo próprio D'us vivo.

Neste início de dezembro a comunidade judaica celebra a Hanukkah, a mesma Festa da Dedicação que Yeshua celebrou (João 10:22-23), mas muitos cristãos professos de hoje nem ao menos sabem de que se trata esta festa a qual seu próprio Senhor celebrava.  Muitos crêem que nos tempos de Yeshua, havia uma nação de Israel completamente judaica, livre de toda a influência externa... mas na verdade, o pano de fundo era outro. No tempo de Yeshua, a nação de Israel havia se libertado há pouquíssimo tempo (em 180 a.C) de uma devastadora invasão grega, através da resistência de um último remanescente de judeus fiéis à Palavra de D'us, chamados Macabeus. Estes lutaram bravamente para impedir que toda a obra que D'us havia feito nos últimos 3.000 anos fosse extinta pela mão dos gregos .Mas mesmo assim, os helenistas permaneciam em seu meio no tempo dos apóstolos e sua influência invade fortemente mesmo a Igreja de hoje através da Teologia Sistemática e suas doutrinas.

Para termos uma noção mais exata do que foi a tentativa de helenização (e do que é a sua essência) de Israel no tempo dos Macabeus, passo a transcrever abaixo um trecho do relato histórico desta invasão, presente no livro histórico e deuterocanônico de 1 Macabeus. Leiam e pasmem!!!


Antíoco Epífanes e a penetração do helenismo em Israel

"Deles saiu aquele rebento ímpio, Antíoco Epifanes, filho do rei Antíoco. Ele tinha estado em Roma como refém e se tornara rei no ano cento e trinta e sete da dominação dos gregos. Por esses dias apareceu em Israel uma geração de perversos, que seduziram a muitos com estas palavras: "Vamos, façamos aliança com as nações circunvizinhas, pois muitos males caíram sobre nós desde que delas nos separamos." Agradou-lhes tal modo de falar. E alguns dentre o povo apressaram-se em ir ter com o rei, o qual lhes deu autorização para observarem os preceitos dos gentios. Construíram, então, em Jerusalém, uma praça de esportes, segundo os costumes das nações, restabeleceram seus prepúcios e renegaram a aliança sagrada. Assim associaram-se aos gentios e se venderam para fazer o mal.

Intervenção do Misarca e construção da Cidadela

Dois anos depois, o rei enviou para as cidades de Judá o Misarca, que veio a Jerusalém com um grande exército. Dirigindo-se aos habitantes com palavras enganosas de paz, ganhou-lhes a confiança e, de repente, caiu sobre a cidade, golpeou-a duramente e chacinou a muitos de Israel. Saqueada a cidade, entregou-a às chamas e destruiu-lhe as casas e as muralhas. Levaram prisioneiras as mulheres e as crianças e apoderaram-se do gado. Então reconstruíram a Cidade de Davi, dotando-a de grande e sólida muralha e de torres fortificadas, e dela fizeram a sua Cidadela. Povoaram-na de gente ímpia, homens perversos, e nela se fortificaram. Abasteceram-na de armas e víveres e nela depositaram os despojos tomados em Jerusalém, tornando-se assim uma armadilha enorme para nós. Aquilo era uma emboscada para o lugar santo, um adversário maléfico para Israel constantemente. Derramaram sangue inocente em redor do Santuário, e ao Santuário profanaram. Por sua causa fugiram os habitantes de Jerusalém e ela transformou-se em habitação de estrangeiros. Jerusalém tornou-se estranha à sua progênie e seus próprios filhos a abandonaram. Seu Santuário ficou desolado como um deserto, suas festas converteram-se em luto, seus sábados em injúria, sua honra em vilipêndio. À sua glória igualou-se a ignomínia e sua exaltação mudou-se em pranto.

Instalação dos cultos pagãos

O rei prescreveu, em seguida, a todo o seu reino, que todos formassem um só povo, renunciando cada qual a seus costumes particulares. E todos os gentios conformaram-se ao decreto do rei. Também muitos de Israel comprazeram-se no culto dele, sacrificando aos ídolos e profanando o sábado. Além disso, o rei enviou, por emissários, a Jerusalém e às cidades de Judá, ordens escritas para que todos adotassem os costumes estranhos a seu país e impedissem os holocaustos, o sacrifício e as libações no Santuário, profanassem sábados e festas, contaminassem o Santuário e tudo o que é santo, construíssem altares, recintos e oratórios para os ídolos e imolassem porcos e animais impuros. Que deixassem, também, incircuncisos seus filhos e se tornassem abomináveis por toda sorte de impurezas e profanações, de tal modo que se esquecessem assim da Lei e subvertessem todas as observâncias. Quanto a quem não agisse conforme a ordem do rei, esse incorreria em pena de morte. Nesses termos ele escreveu a todo o seu reino, nomeou inspetores para todo o povo e ordenou às cidades de Judá que oferecessem sacrifícios cada uma por sua vez. Muitos dentre o povo aderiram a eles, todos os que eram desertores da Lei. E praticaram o mal no pais, reduzindo Israel a ter de se ocultar onde quer que encontrasse refúgio. No décimo quinto dia do mês de Casleu do ano cento e quarenta e cinco, o rei fez construir, sobre o altar dos holocaustos, a Abominação da desolação. Também nas outras cidades de Judá erigiram-se altares e às portas das casas e nas praças queimava-se incenso. Quanto aos livros da Lei, os que lhes caíam nas mãos eram rasgados e lançados ao fogo. Onde quer que se encontrasse, em casa de alguém, um livro da Aliança ou se alguém se conformasse à Lei, o decreto real o condenava à morte. Na sua prepotência assim procediam, contra Israel, com todos aqueles que fossem descobertos, mês por mês, nas cidades. No dia vinte e cinco de cada mês, ofereciam-se sacrifícios no altar levantado sobre o altar dos holocaustos. Quanto às mulheres que haviam feito circuncidar seus filhos, eles, cumprindo o decreto, as executavam com os mesmos filhinhos pendurados a seus pescoços, e ainda com os seus familiares e com aqueles que haviam operado a circuncisão. Apesar de tudo, muitos em Israel ficaram firmes e se mostraram irredutíveis em não comerem nada de impuro.Aceitaram antes morrer que contaminar-se com os alimentos e profanar a Aliança sagrada, como de fato morreram. Foi sobremaneira grande a ira que se abateu sobre Israel." (1 Macabeus 1:10-64)