Congregação Adonai Shamah: A VOZ DA VERDADE!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

PADROEIRA? MEDIANEIRA? MÃE DE DEUS?

A VERDADE SOBRE MARIA

O fanatismo pode levar muitos a não prestarem honras aos que honras merecem. Honrar significa considerar a virtude, o talento, a coragem, a santidade ou as boas qualidades de alguém. A mulher escolhida por D'us para dar à luz a Luz do mundo - Maria (seu nome real era Miriam) - nos deixou exemplos de fé, obediência, coragem, humildade, de amor e temor a Deus. 
Maria foi agraciada mais do que todas as outras mulheres. Foi escolhida para tão nobre missão porque era justa e reta aos olhos do Senhor. "EIS AQUI A SERVA DO SENHOR. CUMPRA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA" . Este foi um exemplo de fé, obediência e humildade que nos deixou Maria. Com estas palavras ela acatou a missão de ser a mãe de Yeshua, de servir de veículo para que o Verbo se fizesse carne e habitasse entre nós. 
Também Maria não se envaideceu diante das declarações de sua prima Isabel, que lhe disse: "Bendita és tu entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre". Tão logo ouviu estas palavras, dirigiu-se ao Senhor em oração: "A MINHA ALMA ENGRANDECE AO SENHOR E O MEU ESPÍRITO SE ALEGRA EM D'US, MEU SALVADOR, PORQUE ATENTOU NA HUMILDADE DE SUA SERVA" (Lucas 1.39-54).  


COMO SURGIU A ADORAÇÃO A MARIA

A falsa adoração a uma deusa-mãe, rainha dos céus, senhora, madona etc. teve início na antiga Babilônia e se espalhou pelas nações até chegar a Roma. Os gregos adoravam Afrodite; em Éfeso, a deusa era Diana; Isis era o nome da deusa no Egito.

Milhares desse tipo de adoradores "aderiram" ao catolicismo em Roma para ficarem mais próximos do poder, haja vista que o Império Romano no século III adotou o cristianismo como religião oficial. Então, esses "cristãos" nominais levaram suas práticas idólatras e pagãs para a Igreja de Roma. Em vez de coibir o abuso e conduzir os fiéis pelos caminhos da fé exclusiva em D'us, os líderes do catolicismo romano contemporizaram a situação: aos poucos as imagens pagãs foram substituídas por imagens cristãs; os deuses pagãos, substituídos pelos deuses cristãos (os "santos" bíblicos) e, na esteira desse sincretismo religioso, a Santa Maria surgiu como "Mãe de Deus", "Senhora", "Sempre Virgem", "Concebida sem Pecado", "Assunta aos céus", "Mediadora e Advogada".

Na seqüência de atos tendentes à cristianização do paganismo, foram dogmatizadas ou proclamadas as seguintes crendices pela Igreja Católica Romana: O culto aos santos é reconhecido publicamente no ano 370 por Basílio de Cesaréia e Gregório de Nazianzo. No ano 400, iniciadas as orações pelos mortos. Trinta e um anos depois, Maria é proclamada "Mãe de Deus". Em 789, inicia-se o culto das imagens e das relíquias. A "Assunção de Maria" é festejada pela primeira vez, em 819. No ano 880, tem início a canonização dos santos.

No ano 1220, adoração à hóstia; Em 1229, os leigos são proibidos de ler a Bíblia. Em 1311, dá-se início à Procissão do Santíssimo Sacramento e à oração da Ave-Maria. Em 1546, declaração de que a Tradição tem autoridade igual à da Bíblia. Em 1950, a assunção de Maria transforma-se em artigo de fé. (!!!)

Além desses atos, as rezas da Ave-Maria chamam-na de "Sempre Virgem", "Rainha", "Advogada", ''Mãe de Deus", Concebida Sem Pecado. Então, iremos examinar um por um esses títulos à luz da verdade contida na Palavra de D'us, lembrando que a Bíblia é a única regra de fé e prática do seguidor do Mashiach Yeshua.

CONCEBIDA SEM PECADO

De acordo com o ensino do catolicismo romano, a Santa Maria, mãe de Jesus, foi concebida sem pecado. Tal ensino está definido no Compêndio Vaticano II, pág. 105: "Daí não admira que nos Santos Padres prevalece o costume de chamar a Mãe de Deus toda santa, imune de toda mancha de pecado, como que plasmada pelo Espírito Santo e formada nova criatura". As expressões "concebida sem pecado" e "imaculada" são comuns nas rezas e escritos romanos. O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi definido no ano de 1854.

A única forma de Maria ter sido gerada sem pecado seria mediante a intervenção direta do Espirito Santo no ventre de sua mãe, tal como aconteceu com Yeshua. E essa exceção teria registro prioritário na Bíblia.

Contrariando a tese romana, a Palavra de D'us declara de modo enfático, sem rodeios: "POIS TODOS PECARAM E DESTITUÍDOS ESTÃO DA GLÓRIA DE D'US, E SÃO JUSTIFICADOS GRATUITAMENTE PELA SUA GRAÇA, PELA REDENÇÃO QUE HÁ NO MASHIACH YESHUA" (Romanos 3.23). Como resultado da desobediência de Adão e Eva, TODOS somos pecadores; todos trouxemos ou herdamos a natureza pecaminosa do primeiro casal; todos fomos atingidos pelo "pecado original". A Bíblia fala em TODOS. Todos, sem exceção. Dos santos da Antiga Aliança (Noé, Abraão, Moisés, Josué, Davi, Elias, Isaías, dentre outros) aos da Nova Aliança (Mateus, João, João Batista, Paulo, Pedro, José, Maria e outros), todos pecaram e necessitaram da graça de Deus para serem justificados.

E ainda: "PELO QUE, COMO POR UM HOMEM ENTROU PECADO NO MUNDO, E PELO PECADO A MORTE, ASSIM TAMBÉM A MORTE PASSOU A TODOS OS HOMENS, PORQUE TODOS PECARAM" (Rm 5.12). Ora, "semente gera semente da mesma espécie". Uma semente de manga vai gerar manga. Assim acontece com a laranja, com o abacate e com as demais frutas. Assim aconteceu com os homens. Somos da semente de Adão. Yeshua foi o único que não herdou a maldição do pecado porque Ele foi gerado pelo Espírito do Santo.

"Todos estão debaixo do pecado. Não há um justo. Nem um sequer" (Rm 3.9c, 10). Em lugar nenhum da Bíblia está escrito que a Santa Maria foi uma exceção. Maria está incluída no "TODOS PECARAM". A própria Maria, mãe de Yeshua, reconheceu ser pecadora, quando disse: "A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus MEU SALVADOR" (Lc 1.46-47). Ora, uma pessoa sem mácula, sem mancha, sem pecado não precisa de Salvador!!!! Ela declarou que sua alma necessitava ser salva! Ela clamou pela graça salvadora de D'us, pois "pela graça somos salvos, mediante a nossa fé" (Ef 2.8).

De Yeshua a Bíblia diz que "Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano"(1 Pe 2.22). A mesma afirmação não se pode dizer com respeito a Maria, porquanto ela está inclusa no "Todos pecaram". Assim diz a Palavra de D'us.

Em oposição a essa verdade, dizem os romanistas que para gerar um ser puro - Yeshua - Maria teria que ser de igual modo pura, porque um ser impuro não poderia acolher um ser puro. Ora, se admitido como verdadeiro e correto tal raciocínio, teríamos de admitir que a mãe da Santa Maria deveria ser, também, pura para carregar no seu ventre uma pessoa imaculada. A avó de Maria, por sua vez, teria que ser pura. E, nesse passo, chegaríamos ao primeiro casal Adão e Eva. E estaríamos dizendo que a Palavra de D'us é mentirosa, quando afirma: TODOS PECARAM E DESTITUÍDOS ESTÃO DA GLÓRIA DE DEUS"(Romanos 3.23; 5.12).


A VIRGINDADE DE MARIA

A Igreja de Roma assegura que a Santa Maria, mãe de Yeshua, conservou-se virgem até a sua morte, daí porque nas rezas a ela dirigida é chamada de "Sempre Virgem Maria". Vamos ver o que diz a Palavra de D'us a respeito disso:

Antes do nascimento de Yeshua, Maria e José não mantiveram relações íntimas. Nascido Yeshua, e passado o período pós-parto, o casal passou a ter uma vida normal de marido e mulher e teve os seguintes filhos: Tiago, José, Simão, Judas e, no mínimo, duas filhas, conforme está registrado no Evangelho segundo São Mateus, capítulo 13.55-56, como segue: "Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Não estão entre nós todas as suas irmãs?"

Corroborando essa afirmação, lemos no mesmo livro de Mateus: "Estando Maria, sua mãe (mãe de Yeshua), desposada com José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito do Santo. José, seu marido, sendo justo e não querendo difamá-la, resolveu deixá-la secretamente. Projetando ele isso, em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito do Santo. José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher. MAS NÃO A CONHECEU ATÉ QUE ELA DEU À LUZ UM FILHO. E ELE LHE PÔS O NOME DE YESHUA" ( Mt 1.18-20, 24-25 ) .

A expressão "ATÉ QUE" - "não a conheceu até que ela deu à luz um filho" - indica um limite de tempo, no espaço ou nas ações. Poderíamos traduzir assim: José não manteve relações íntimas com Maria enquanto ela estava grávida de Yeshua, aliás, em cumprimento à profecia: "a virgem conceberá e dará à luz um filho ..." (Is 7.14). Veja-se que o anjo do Senhor falou a José, em sonhos, declarando o seguinte: "Não temas receber a Maria tua mulher". Isto significa dizer que José deveria continuar casado com Maria, apesar da gravidez inusitada; que o seu projeto de vida a dois não deveria sofrer qualquer retrocesso; que o casal não deveria partir para o desenlace; enfim, eles, José e Maria, deveriam continuar casados. No meu entendimento, se a vontade de Deus fosse perpetuar a virgindade de Maria, a fala do anjo a José seria restritiva e mais objetiva. No entanto, o anjo deixou aberta a possibilidade de os dois viverem uma vida normal de marido e mulher: "NÃO TEMAS RECEBER A MARIA TUA MULHER" (Mateus 1.20). É bom observar a expressão "a tua mulher". Maria foi a mulher de José.

Vejamos outras passagens da Bíblia sobre a família de Yeshua:

 "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar-te" (Mt 12.47)."Não temos o direito de levar conosco...os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? (1 Co 9.5). "Depois disto desceu para Carfanaum, com sua mãe, seus irmãos e seus discípulos" ( Jo 2.12) . "Depois, passados três anos, fui a Jerusalém para ver a Pedro e fiquei com ele quinze dias. E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor" (Gl 1.18-19). Contra o argumento de que era costume naquela época o tratamento de "irmãos" para todos os parentes e discípulos, lembramos que nas passagens acima vê-se nítida diferença entre ser apóstolo/discípulo e ser irmão do Senhor. E mais: "E foram ter com Ele sua mãe e seus irmãos, e não podiam aproximar-se dEle, por causa da multidão. E foi-Lhe dito: Estão lá fora tua mãe e teus irmãos, que querem ver-Te"(Lc 8.19-20).

Ademais, não consta que Maria fizera voto de castidade. José, seu marido, também não cogitou disso. O sexo não é pecado quando praticado entre casados. O anjo Gabriel ao anunciar a Maria o plano de D'us, de gerar no seu ventre o Salvador, e ao explicar o fato a José, não exigiu dela a manutenção da virgindade, nem de José o sacrifício da abstinência. As mães do mundo inteiro podem gerar muitos filhos e, paralelamente, levarem uma vida de santidade. Maternidade e santidade podem caminhar juntos. O sexo no casamento não é impureza. José e Maria foram abençoados com uma prole de pelo menos seis filhos, afora Yeshua, sendo quatro homens e, no mínimo, duas mulheres. Assim diz a Bíblia Sagrada. Lembremo-nos, finalmente, de que Maria "deu à luz a seu filho primogênito..." (Lc 2.7a) Primogênito, segundo o Dicionário Aurélio, diz-se "daquele que foi gerado antes dos outros, que é o filho mais velho". Yeshua foi, portanto, o filho mais velho de José e Maria. Já na relação entre D'us e o Seu Filho, Yeshua é chamado de Unigênito, ou seja, único do tipo gerado por Seu Pai, tal como definido em João 3.16: "Porque D'us amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna".
 

MEDIANEIRA, INTERCESSORA, ADVOGADA 


A essência da adoração na Igreja Católica Romana não gira em torno de D'us, nem de Yeshua, mas da pessoa da Virgem Maria. No decorrer dos séculos tem sido as mais diferentes e absurdas crendices, as criadas em torno da humilde mãe do Salvador". Assim, à pág. 109 do Compêndio Vaticano II, lê-se: "A Bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de Advogada, Auxiliadora, Adjutriz, Medianeira".

Nosso raciocínio deve ser norteado não pelo que os homens afirmam, declaram, proclamam ou decidem. Em assuntos tais, a Bíblia é a nossa bússola, nosso guia, nossa regra. "Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça, a fim de que o homem de D'us seja perfeito e perfeitamente preparado para toda boa obra"( 2 Tm 3.16-17).

 A Bíblia declara que só Yeshua é Mediador, Intercessor e Advogado nosso junto ao Pai . Vejamos:

"PORQUE HÁ UM SÓ D'US, E UM SÓ MEDIADOR ENTRE D'US E OS HOMENS, YESHUA O MESSIAS, HOMEM" (1 Tm 2.5).

 "SE, PORÉM, ALGUÉM PECAR, TEMOS UM ADVOGADO PARA COM O PAI,
YESHUA O MESSIAS, O JUSTO" (1 Jo 2.1).

 "PORTANTO, PODE TAMBÉM SALVAR PERFEITAMENTE OS QUE POR ELE SE CHEGAM A D'US, VIVENDO SEMPRE PARA INTERCEDER POR ELES" (Hb 7.25).


Além dessas afirmações inequívocas, o próprio Yeshua disse:


"EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA. NINGUÉM VEM AO PAI, SENÃO POR MIM" (Jo 14.6).


Não podemos passar por cima da Escritura. Devemos ser submissos à vontade soberana de D'us. Se Ele declara na Sua Palavra que Yeshua é o único Advogado, Intercessor e Mediador, não há razão para acreditarmos que exista outro exercendo as mesmas funções. E se o fizermos, estaremos chamando D'us de mentiroso, dizendo que a Sua Palavra não é a expressão da verdade, e que o próprio Yeshua mentiu quando revelou que ninguém iria a D'us se não fosse através dEle, isto é, por Seu intermédio. Logo, não há outros intermediários entre D'us e os homens. Yeshua declarou que somente através dEle os homens teriam comunhão com seu D'us e Pai. Logo, não chegaremos a D'us através da Santa Maria, nem por meio de qualquer outro santo. Em Hebreus 7.25, vimos que Yeshua salva os que por Ele se chegam a D'us, confirmando que o Messias é verdadeiramente o caminho. Não há outro caminho. A Santa Maria não é o caminho, nem um dos caminhos.

Yeshua declara que Ele é O CAMINHO. Note-se o artigo definido - "o" - definindo a existência de um único caminho. Yeshua convidou todos a irem a Ele, sem intermediários: "VINDE A MIM TODOS OS QUE ESTAIS CANSADOS E SOBRECARREGADOS, E EU VOS ALIVIAREI" (Mateus 11.28). Aqui,
Yeshua faz um convite e uma promessa. Ele não deixa chance para irmos a outros intercessores ou mediadores, ainda que seja a Santa Maria. Yeshua é categórico: venham a mim, me procurem, peçam-me, busquem-me e eu resolverei seus problemas. Não há na Bíblia qualquer indicação para procurarmos os santos para atendimento de nossas necessidades. De maneira nenhum a Santa Maria iria tomar a posição de Yeshua. Contrariar a palavra de D'us é contrariar o próprio D'us.

Sei o quanto é difícil deletar de nossa mente anos e anos de ensino contrário à palavra do Senhor. Mas não existe outra saída para aquele que deseja realmente reconciliar-se com o D'us, arrepender-se de seus pecados e deixá-los, permanecer na fé e seguir rumo ao encontro de
Yeshua. Convém que apaguemos de nossa memória todos os ensinos, dogmas e doutrinas contrários ao que ensina e recomenda a Bíblia. Reflita: "SE O MEU POVO, QUE SE CHAMA PELO MEU NOME, SE HUMILHAR, E ORAR E BUSCAR A MINHA FACE, E SE CONVERTER DOS SEUS MAUS CAMINHOS, ENTÃO EU OUVIREI DOS CÉUS, E PERDOAREI OS SEUS PECADOS, E SARAREI A SUA TERRA" (2 Crônicas 7.14).

Vejam bem que D'us estabelece uma condição para atender aos pedidos. Ele requer humildade. Humildade significa reconhecermos que somos pó, somos pecadores e precisamos da graça de D'us para sermos salvos. Ele requer oração. Orar significa falar com D'us, não apenas na hora do aperto, da aflição, da angústia, do sufoco. Falar com Ele, também, quando tudo vai bem, para Lhe dar graças. Ele requer que busquemos a Sua face. Significa demonstrarmos sede de termos uma comunhão mais estreita com o Seu Santo Espírito. Significa orar com o coração, com a alma, com o espírito, com espírito de adoração, com fé. Ele requer conversão dos maus caminhos. Impõe que deixemos os pecados, a idolatria, os intermediários. Conversão implica arrependimento. Sem arrependimento não há perdão. Sem perdão não há salvação.

Nada devemos pedir à Santa Maria, nem a qualquer outro santo. Os santos falecidos nada podem fazer por nós. As suas imagens, as imagens de escultura que os representam, também nada podem fazer em nosso benefício. Elas não falam, não andam, não vêem, não ouvem. São surdas, mudas e cegas. São barro, pedra, madeira, gesso, borracha, porcelana, ouro, ferro, bronze, papel.

Não podemos esquecer: somente YESHUA pode mediar no céu em nosso favor. Não há outro. Se houvesse, D'us nos teria revelado. O primeiro mandamento de D'us é direto, taxativo, claro, objetivo, sem circunlóquio: "NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM" (Êx 20.3).

E o segundo mandamento ainda é mais preciso, categórico, cristalino, direto, sem rodeio ou meias palavras: "NÃO FARÁS PARA TI IMAGENS DE ESCULTURA... NÃO TE ENCURVARÁS A ELAS NEM AS SERVIRÁS." (Ex 20.4).

Neste mandamento D'us afirma: não fazer, não adquirir, não usar imagens. A relação entre ídolos e imagens, entre deuses e imagens diz muito da tradição de muitos em adorar/venerar os santos bíblicos via suas respectivas imagens. A associação espírito-imagem é tal que por vezes não se distingue a quem as súplicas e a adoração estão sendo dirigidas: se ao santo falecido, se à sua imagem. O certo é que nem aquele, nem esta, deve ser objeto de nossa adoração. Portanto, Maria não é nossa Advogada, Intercessora ou Medianeira. Assim diz a Palavra de D'us.


A MÃE DE DEUS

Imaginei de início que o titulo "Mãe de Deus" atribuído à humilde mãe de Yeshua fosse apenas uma demonstração de carinho. Com o passar dos anos, notei que se tratava de algo mais sério. Muitas crianças, jovens e adultos estão convictos de que Maria é mãe do Altíssimo!!





Para ser mãe de D'us a "Santa Maria", por óbvias razões, deveria possuir os mesmos atributos do Altíssimo, ou seja, ser onipresente, onisciente e onipotente. Sabemos que estes atributos são exclusivos de D'us. São absolutos e incomunicáveis. Em resumo, para ser mãe de D'us ela teria que ser igual a D'us. D'us é eterno, não teve começo, não foi gerado, e não terá fim. D'us não tem mãe, nem pai. Maria não pode ser mãe do seu Criador, do seu Salvador. Maria não pode ser mãe do seu próprio Pai. A criatura não pode ser mãe do Criador. A Santa Maria foi mãe de Yeshua, homem, escolhida que foi por D'us para que em seu ventre o Verbo se fizesse carne. Mas o Verbo, o Filho de D'us, este existe desde a eternidade e foi o primeiro ser gerado por D'us, único de seu tipo. O Verbo não foi gerado por Maria. Leia-se: "Ele estava no princípio com D'us. Todas as coisas foram feitas por Ele... e o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vemos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade" (Jo 1.2,3, 14). Esta é uma afirmação da pré-existência de Yeshua: Ele estava no princípio, esteve presente na Criação, estava com D'us, tinha natureza divina, com o mesmo "DNA" de Seu D'us e Pai. Logo, um ser humano, finito e limitado (a Santa Maria) não poderia gerar um ser com estes atributos.

Maria teria condições, como humilde serva do Senhor, de ser mãe daquele que sempre esteve com D'us? Vejamos as palavras de Maria: "EU SOU A SERVA DO SENHOR. CUMPRA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA"(Lucas 1.38). Maria não desejava outra coisa senão ser serva de D'us. Jamais passou por sua cabeça ser mãe do Altíssimo! Seria completamente impossível uma mulher ser mãe de Deus! Mais adiante ela declara, dando ênfase à sua condição de serva: "A MINHA ALMA ENGRANDECE AO SENHOR, E O MEU ESPÍRITO SE ALEGRA EM DEUS MEU SALVADOR, POIS OLHOU PARA A HUMILDADE DA SUA SERVA. DESDE AGORA TODAS AS GERAÇÕES ME CHAMARÃO DE ABENÇOADA" (Lucas 1.46-48). Vê-se que a Santa Maria não almejou nada mais nada menos do que colocar-se na posição de serva do Senhor. E assim ela fez por toda a sua vida.
A Bíblia diz que os que morreram no Messias ressuscitarão, na Sua volta, num corpo celestial e incorruptível (1 Ts 4.16-17). Logo, de acordo com esta Palavra, a Santa Maria aguarda, como todos, esse dia glorioso. Como, nesse estágio, poderia ser mãe de Deus?

SENHORA E PADROEIRA

A santa e humilde Maria nunca desejou tomar o lugar do Salvador, do Filho de D'us. A sua posição foi de serva ciente de sua missão: a missão de trazer à luz a Luz do mundo, o Pão da vida, o Verbo de D'us. Até nas suas palavras a mãe de Yeshua foi discreta. O registro mais extenso sobre palavras por ela pronunciadas está em Lucas 1.46-55, sob o título "O cântico de Maria." Nessa oração, como já vimos atrás, Maria se mostra muito feliz e agradecida a Deus por haver sido agraciada com tão nobre missão:

"Pois olhou para a humildade da sua serva.
TODAS AS GERAÇÕES ME CHAMARÃO BEM-AVENTURADAS" (Lucas 1.48). Esta declaração de Maria é apresentada como justificativa pelo Catolicismo Romano do culto a ela prestado. Contestação: Segundo o Dicionário Aurélio, "bem-aventurado" quer dizer muito feliz, abençoado, bendito. O fato de a Santa Maria ter sido chamada de Bem-aventurada, não significa uma doutrina, mandamento ou ensino no sentido de a ela prestarmos culto. . . Nos versículos 46 e 47, Maria se declara necessitada de salvação: "A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em D'us, meu Salvador".
Não se encontra nas Escrituras qualquer tipo de adoração a Maria, ou qualquer ensino nesse sentido. Muitas pessoas interpretam mal o título "Bem-aventurada". Uma pessoa bem-aventurada quer dizer uma pessoa feliz, ditosa e bendita. É o estado "daqueles que, por seu relacionamento com o Messias e com a sua Palavra, receberam de D'us o amor, o cuidado, a salvação e sua presença diária. O arcanjo Gabriel disse: "Bendita és tu entre as mulheres". A mesma declaração foi feita por Isabel a Maria acrescentando: "... e bendito o fruto do teu ventre" (Lc 1.42). E a própria Maria afirmou que "desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada" (Lc 1.48b). Yeshua, no "Sermão da Montanha", chamou de "BEM- AVENTURADOS" os pobres de espírito, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os pacificadores, os que sofrem perseguição por causa da justiça e os perseguidos por causa dele (Mt 5.3-11). E bem-aventurada é Maria porque foi instrumento usado por D'us para que o Verbo se fizesse carne e entre nós habitasse. Então, nós, os salvos somos bem-aventurados, isto é, somos felizes porque fomos agraciados com bênçãos de D'us. Não há a menor possibilidade de, após a nossa morte - a morte dos bem-aventurados - chegarmos à condição elevada de Senhor ou Senhora, Pai ou Mãe de todos. 


Vejamos o que diz a Bíblia: "OUVE, Ó ISRAEL: O SENHOR NOSSO D'US, O SENHOR É UM."(Deuteronômio 6.4). "AMARÁS O SENHOR TEU D'US DE TODO O TEU CORAÇÃO, DE TODA A TUA ALMA, E DE TODA A TUA FORÇA. ESTAS PALAVRAS QUE HOJE TE ORDENO ESTARÃO NO TEU CORAÇÃO. (Deuteronômio 6.5-6). Este mandamento foi confirmado por Yeshua, quando afirmou que não existia outro mandamento maior do que este (Mc 12.30-31). Ora, um coração completamente cheio do amor a D'us não possui espaço para amar outro "Senhor" ou "Senhora".


"EU E A MINHA CASA SERVIREMOS AO SENHOR... NUNCA NOS ACONTEÇA QUE DEIXEMOS AO SENHOR PARA SERVIRMOS A OUTROS DEUSES" (Js 24.14-16). Em nenhuma parte da Bíblia a Santa Maria é elevada à posição de senhora, padroeira, protetora, negação que se estende a todos os santos falecidos. Nenhum homem ou mulher pode, depois da morte física, ser Senhor ou Senhora. Foi o que lemos na palavra de Deus.

 "BEM-AVENTURADA É A NAÇÃO CUJO D'US É ADONAI, E O POVO QUE ELE ESCOLHEU PARA SUA HERANÇA" (Salmos 33.12). Daí porque não foi feliz a idéia de, por decreto, eleger a Santa Maria à posição de "Padroeira do Brasil", isto é, defensora e protetora de nosso País. Mais coerente com a nossa fé bíblica, seria declararmos o que está na Bíblia, ou seja, que D'us é o nosso Senhor!


"ADORARÁS A ADONAI TEU D'US, E SÓ A ELE SERVIRÁS" (Lc 4.8) Vamos repetir. Yeshua, respondendo a Satanás, citou o versículo 13 de Deuteronômio 6.
Yeshua foi categórico, direto, claro, objetivo. Ele disse que a nossa adoração deve ser dirigida exclusivamente a D'us, e só a Ele devemos servir, servir com o nosso louvor, com o nosso exemplo, com a nossa fé, com nossas orações, nossas lágrimas, nossos jejuns, nossos louvores e obediência à Sua Palavra. Se as nossas lágrimas, súplicas e louvores forem dirigidos à Santa Maria, logo estaremos em oposição à palavra do Senhor Yeshua. Oposição significa desobediência. Desobediência significa rebeldia. Rebeldia significa pecado. Pecado é morte.


"HÁ UM SÓ D'US E PAI DE TODOS, O QUAL É SOBRE TODOS, E POR TODOS E EM TODOS" (Hb 4.6). Se até aqui  o leitor ainda estava em dúvida, creio que este versículo colocou as coisas no devido lugar. Como já disse, a Bíblia não fala na existência de uma "Senhora"" ou de um outro "Senhor". O Deus da Bíblia é o Deus de Abraão, Isaque e Jacó; o Deus que tirou seu povo da escravidão do Egito; que abriu o Mar Vermelho e o seu povo fez passar; que lhe entregou a Terra das promessa; que não está de braços cruzados, impassível, assistindo a rebeldia da humanidade. Ele é por todos.
 

Como vimos, a eleição da humilde serva Maria, mãe de
Yeshua, à posição de Senhora ou de Padroeira não encontra respaldo nas Escrituras. A nossa adoração não pode ficar dividida entre o Senhor D'us e a Senhora Maria. Não se pode "coxear entre dois pensamentos", seguir dois caminhos, ter dois senhores. Devemos aprender com Maria e declararmos que a "nossa alma exalta e engrandece ao Senhor, e que o nosso espirito se alegra porque estamos em comunhão com Yeshua nosso Salvador".

Adaptado e editado a partir do texto do Pr Airton Evangelista da Costa