Congregação Adonai Shamah: A VOZ DA VERDADE!

domingo, 1 de abril de 2012

A Ressurreição de Yeshua — Fraude ou Historia? (PARTE 01)

A Ressurreição de Yeshua — Fraude ou Historia? (PARTE 01)
(texto adaptado do livro Evidências que exigem um veredito - de Josh McDowell)

Depois de mais de 700 horas estudando este assunto e analisando em todos os detalhes o seu fundamento, cheguei à conclusão de que a ressurreição de Yeshua, o Messias, é o fato mais fantástico da história.
Para entendermos Yeshua, precisamos levar em conta suas três credenciais básicas:

(1) o impacto de Sua vida na história;
(2) profecias que se cumpriram na Sua vida; e
(3) Sua ressurreição.

A ressurreição de Yeshua, o Messias e a fé messiânica permanecem em pé ou caem por terra juntos. Um estudante universitário do Uruguai me indagou: "Professor McDowell, por que o senhor não chega à conclusão de que a fé messiânica está errada?" Ao que respondi: "Por uma razão muito simples: não consigo explicar satisfatoriamente um acontecimento da história — a ressurreição de Yeshua, o Messias".

O RELATO DA RESSURREIÇÃO EM MATEUS 28:1-11
(Veja também Marcos 16; Lucas 24; João 20:21)
"1.Ao findar o Shabat e entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver osepulcro. 2.E eis que houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela. 3.O seu aspecto era como um relâmpago, e a sua veste alva como a neve.  4.E os guardas tremeram espavoridos, e ficaram como se estivessem mortos. 5.Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais: porque sei que buscais a Yeshua, que foi crucificado. 6.Ele não está aqui: ressuscitou, como havia dito. Vinde ver onde ele jazia. Ide, pois, depressa, e dizei aos seus discípulos que ele ressuscitou dos mortos, e vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis. É como vos digo! E, retirando-se elas apressadamente do sepulcro, tomadas de medo e grande alegria, correram a anunciá-lo aos discípulos. E eis que Yeshua veio ao encontro delas; e disse: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés,e o reverenciaram. Então Yeshua lhes disse: Não temais. Ide avisar a meus irmãos que se dirijam à Galiléia, e lá me verão. E, indo elas, eis que alguns da guarda, foram à cidade e contaram aos principais sacerdotes tudo o que sucedera."

A seguir você tem um esboço preparado para ajudá-lo a usar com eficácia este material:

1A. A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO
2A. AS AFIRMAÇÕES DO MESSIAS DE QUE RESSUSCITARIA DOS MORTOS
1B. A Importância das Afirmações
2B. As Afirmações conforme Feitas por Yeshua
3A. A ANÁLISE HISTÓRICA
1B. Um Acontecimento da Dimensão Tempo-espaço
2B. O Testemunho da História e do Direito 
3B. O Testemunho dos Antigos Pais da Igreja
4A. O CENÁRIO DA RESSURREIÇÃO
1B. Yeshua Estava Morto
2B. O Túmulo
3B. O Sepultamento
4B. A Pedra
5B. O Selo
6B. A Guarda
7B. Os Discípulos
8B. As Aparições após a Ressurreição

1A. A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO DO MESSIAS
Com exceção de quatro, todas as principais religiões do mundo baseiam-se em meras afirmações filosóficas. Das quatro que se baseiam mais na vida de pessoas do que num sistema filosófico, somente a fé messiânica postula um túmulo vazio para o seu fundador.
Em Therefore Stand (Permanecei, pois, firmes) Wilbur Smith diz: "Os relatos originais sobre Buda jamais lhe atribuíram algo como uma ressurreição; na verdade, o mais antigo relato sobre sua morte, a saber, o Maha-parinibbana Sutta, se refere à morte de Buda como sendo 'aquela morte completa, da qual nada resta'".  O professor Childers diz: 'Nas escrituras e comentários em idioma pali (e até onde eu saiba em qualquer livro em pali), que pertencem às tradições do povo sakya, não há qualquer menção a que Buda tenha vivido depois de sua morte ou que tenha aparecido a seus discípulos'. Maomé morreu em 8 de junho de 632 A.D., aos sessenta e um anos de idade, na cidade de Medina, onde seu túmulo é anualmente visitado por milhares de muçulmanos devotos. Todos os milhões e milhões de budistas e muçulmanos concordam que os fundadores de suas respectivas religiões jamais ressurgiram do pó da terra."

Theodosus Hamack disse: "A posição que você tem diante do fato da ressurreição já não é, a meu modo de ver, algo no campo da Teologia. Para mim a fé messiânica permanece de pé ou cai junto com a ressurreição".

O professor William Milligan afirma: "Ao se falar das provas favoráveis à ressurreição de nosso Senhor, pode-se ir ainda mais longe e insistir que o fato, caso verdadeiro, se harmoniza com todos os demais acontecimentos da Sua vida".

Wilbur Smith conclui: "Se o nosso Senhor disse com grande exatidão e riqueza de detalhes que, depois de subir a Jerusalém, seria morto, mas que ao terceiro dia ressuscitaria, e se essa predição se realizou, então sempre me pareceu que tudo o mais que nosso Senhor tenha dito também deve ser verdade".

W. J. Sparrow-Simpson desenvolve ainda mais o raciocínio: "Se alguém perguntar como a ressurreição do Messias é uma prova de que Ele é o Filho de Deus, a resposta é que da mesma forma como o Messias abertamente declarou que era o Filho de Deus, Sua ressurreição dentre os mortos foi o selo divino quanto à veracidade daquela declaração. Caso o Messias tivesse permanecido sob o poder da morte, Deus teria, com isso, repudiado a afirmação de Yeshua de que era Seu Filho; mas, ao ressuscitá-lO dentre os mortos, Deus publicamente O reconheceu dizendo: 'Tu és Meu Filho, Hoje Eu Te gerei"'. Também o sermão de Pedro no dia de Pentecoste "baseia-se total e completamente na Ressurreição. Não apenas é a Ressurreição o tema principal, como também, caso se eliminasse essa doutrina, já não sobraria  qualquer outra doutrina. Pois é proposto que a Ressurreição:

 (1) apresente uma explicação para a morte de Yeshua;
(2) tenha sido profeticamente prevista como parte da experiência messiânica;
(3) tenha sido testemunhada pelos apóstolos;
(4) seja a causa do derramamento do Espírito, explicando essa forma fenômenos religiosos inexplicáveis de outra maneira e...
(5) confirme a posição de Yeshua de Nazaré como Messias e Rei.

Assim, a estabilidade de toda uma série de argumentos e conclusões depende inteiramente da Ressurreição. Sem a Ressurreição a posição de Yeshua como Messias e Rei não poderia ser confirmada de modo convincente. Sem ela o novo derramamento do Espírito continuaria sendo um mistério inexplicado. Sem ela a essência do testemunho dos apóstolos teria desaparecido. Tudo o que restaria dessa instrução seria a exposição messiânica do Salmo 16, e assim mesmo só como a experiência futura de um Messias que ainda não havia aparecido. O reconhecimento de Yeshua por parte de Deus, conforme atestam as obras daquele, também permaneceria de pé, mas aparentemente só como um reconhecimento de Sua vida, uma vida que terminou como a de qualquer outro profeta a quem a nação recusou continuar tolerando. Por essa razão, a primeira mensagem messiânica baseou-se na posição de Yeshua conforme estabelecida pela Sua Ressurreição".

Até mesmo Adolf Hamack, que rejeita a crença na ressurreição, admite: "A firme confiança dos discípulos em Yeshua tinha suas raízes na crença de que Ele não permanecera morto, mas fora ressuscitado por Deus. Em virtude do que haviam experimentado nEle e certamente só depois de terem-nO visto, é que o fato de que O Messias Yeshua havia ressuscitado era algo tão certo como o fato de Sua morte; sendo que a Sua ressurreição se tornou o principal tema da pregação dos discípulos acerca dEle." (História do Dogma), capítulo 2).

H. P. Liddon diz: "A fé na ressurreição é a principal coluna de sustentação da fé no Messias Yeshua; retirando-se a coluna, tudo inevitavelmente cai por terra". A ressurreição de Yeshua sempre tem sido em todos os aspectos a doutrina central da Congregação. Nas palavras de Wilbur Swith: "Desde o primeiro dia da vida que lhe foi conferida por Deus, a congregação messiânica tem, de uma forma coesa, dado testemunho de sua fé na Ressurreição do Messias.  É aquilo que podemos chamar de uma das grandes doutrinas e convicções fundamentais da congregação, e de tal forma permeia o texto do NovoTestamento que, caso se removessem todas as passagens que contêm referência à Ressurreição, ter-se-ia uma coleção de textos tão mutilados que seria impossível de compreender o que tivesse restado. A ressurreição mexeu intimamente com a vida dos primeiros seguidores do Messias. O fato da Ressurreição é visto nos seus túmulos e nos desenhos que se encontram nos muros das catacumbas; a Ressurreição afetou profundamente a hinologia messiânica; tornou-se um dos assuntos mais vitais dos grandes escritos apologéticos dos primeiros quatro séculos; foi constantemente o tema das pregações tanto no período pré-niceno como pós-niceno. "Todos os dados apresentados pelo Novo Testamento mostram que o tema principal das boas novas, ou evangelho, não era: 'Segue este Mestre e Faze o melhor', mas: 'Yeshua e a Ressurreição'. É impossível excluir isso da fé messiânica sem alterar radicalmente o seu caráter e destruir sua própria identidade."

O professor Milligan diz: "Assim, parece que desde a aurora de sua história, não apenas a congregação messiânica cria na Ressurreição de seu Senhor, como também a sua crença nessa questão estava entrelaçada com toda a sua existência".

W. Robertson Nicoll cita Pressensé: "O túmulo vazio de Yeshua foi o berço da Congregação Messiânica..."

W. J. Sparrow-Simpson racionaliza: "Se a Ressurreição NÃO é um fato histórico, então o poder da morte permanece inalterado como também inalteradas permanecem as conseqüências do pecado, e não se pode ter certeza quanto ao significado da Morte do Messias. Conseqüentemente, os que crêem ainda estão em seus pecados, exatamente onde estavam antes de ouvirem o nome de Yeshua".

 R. M. Cheyne Edgar, em seu livro The Gospel of a Risen Saviour (O Evangelho de um Salvador Ressurreto), afirmou: "Aqui está um Mestre religioso, e Ele com toda tranqüilidade declara que arrisca tudo o que disse em Sua capacidade de, depois de ter sido morto, ressuscitar dos mortos. Sem risco algum, podemos pressupor que nunca houve, nem antes nem depois, uma proposta como essa. Dizer que esse teste extraordinário foi inventado por místicos que estudavam profecias e que foi inserido nas narrativas dos Evangelhos é exigir demais de nossa credulidade. Aquele que está pronto a apostar tudo em Sua capacidade de voltar do túmulo está diante de nós como o mais original de todos os mestres, alguém que brilha em Sua própria vida, a qual se comprova a si mesma! "

"D. F.Strauss, por exemplo, o mais sarcástico e insensível dentre os críticos da congregação do Eterno, ao tratar da Ressurreição, reconhece que ela é o 'teste decisivo não apenas da vida de Yeshua, mas da própria fé messiânica' que 'toca no âmago desta fé', e que é decisiva para toda a idéia de fé messiânica" (Nova Vida de Yeshua), tradução em inglês, 2 vol. Londres: 1865, vol. 1, p. 41, 397). Se isto se for, tudo aquilo que é vital e essencial à fé messiânica também se vai, se ficar, tudo o mais ficará.

E assim, através dos séculos, de Celso em diante, a Ressurreição tem sido o centro tempestuoso que recebe ataques contra a fé no Messias".

No dizer de B. B. Warfield, "o próprio Yeshua, para obter a confiança dos homens, deliberadamente aposta todos os Seus ensinamentos em Sua ressurreição. Quando lhe pediram um sinal Ele apontou para esse sinal como Sua credencial única e suficiente".

Ernest Kevan fala a respeito do famoso teólogo suíço, Frederick Godet: "Ele se refere à importância da ressurreição de Yeshua e assinala que foi a esse milagre, e somente a ele, que Yeshua se referiu como sendo a confirmação de Seus ensinos e de Sua autoridade".

Michael Green aborda bem a questão: "A fé no Messias não sustenta que a ressurreição seja um dentre vários sistemas de crença. Sem a fé na ressurreição não  existiria fé messiânica alguma. A congregação messiânica jamais teria começado a existir; com a execução de Yeshua, o movimento daqueles que O seguiam ter-se-ia extinguido tal como uma fogueira alimentada com lenha molhada. A fé messiânica permanece em pé ou cai juntamente com a verdade da ressurreição. Mostre que a ressurreição não aconteceu e você se verá livre da fé messiânica. A fé messiânica é uma religião histórica. Ele afirma que Deus assumiu o risco de Se envolver na história humana, e os fatos estão aí para que você examine com todo o rigor possível. Esses fatos suportarão qualquer dose de investigação crítica..."

John Locke, o famoso filósofo britânico, disse o seguinte a respeito da ressurreição de Yeshua: "A ressurreição de nosso Salvador... é de fato algo de grande importância para a fé no Messias; e tão importante que Ele ser ou não ser o Messias depende desse acontecimento: de maneira que esses dois importantes aspectos são inseparáveis e, na realidade, constituem uma verdade única. Pois, desde aquela época, crer num desses aspectos implica crer nos dois; e negar um deles implica crer em nenhum".

Nas palavras de conclusão ditas por Philip Schaff, o historiador: "A ressurreição de Yeshua é, portanto, decisivamente o teste que determina a veracidade ou a falsidade da religião messiânica. Ou é o maior milagre ou é o maior engano registrado pela história".

Wilbur Smith, erudito e professor de renome, afirma: "Jamais se forjou, nem jamais se forjará, uma arma que destrua a confiança racional nos registros históricos deste acontecimento memorável e predito. A ressurreição de Yeshua é a própria fortaleza da fé no Messias. É a doutrina que, no primeiro século, virou o mundo de cabeça para baixo; que, de um modo preeminente, elevou a fé no Messias acima do judaísmo tradicional e das religiões pagãs do mundo mediterrâneo. Se a ressurreição não subsistir, de igual forma quase tudo o mais que é vital e singular ao Evangelho do Senhor Yeshua, o Messias, não subsistirá: 'Se o Messias  não ressuscitou, é vã a vossa fé'" (1 Coríntios 15:17).


2A. AS AFIRMAÇÕES DE YESHUA DE QUE RESSUSCITARIA DOS MORTOS
1B. A Importância das Afirmações


Wilbur M. Smith assevera: "Foi este mesmo Yeshua, o Messias, que, dentre muitas outras coisas notáveis, disse e repetiu algo que, vindo de qualquer outra pessoa, imediatamente tê-la-ia condenado como alguém dominado pelo egoísmo ou como uma pessoa perigosamente desequilibrada. Que Yeshua tenha dito que estava indo a Jerusalém para morrer não é algo tão notável, embora todos os detalhes que, nas semanas e meses antecedentes, forneceu sobre a Sua morte constituam um fenômeno profético. Mas quando afirmou que, três dias depois de ser crucificado, Ele ressuscitaria dos mortos, disse algo que só um tolo ousaria dizer, caso esperasse que a devoção de alguns discípulos perdurasse por mais tempo, a menos que tivesse
certeza de que iria ressuscitar. Não se tem notícia de que algum fundador de uma religião mundial tenha ousado afirmar uma coisa dessas!"

Yeshua predisse Sua ressurreição de um modo inconfundível e direto. Enquanto Seus discípulos eram simplesmente incapazes de compreender o que dizia, os fariseus levaram suas afirmações bem a sério. Sobre isso, Anderson faz o seguinte comentário: "Algum tempo atrás viveu na Inglaterra um jovem advogado que atuava em tribunais chamado Frank Morison. Era um incrédulo. Por anos prometeu a si mesmo que um dia escreveria um livro para provar de uma vez por todas que a ressurreição não aconteceu. Finalmente conseguiu ter um tempo livre. Era uma pessoa honesta e realizou os estudos necessários. Por fim (depois de aceitar ao Messias) escreveu um livro que se pode adquirir em formato brochura, Who Moved the Stone? (Quem Moveu a Pedra?). Principiando pela abordagem mais crítica possível dos documentos do Novo Testamento, ele conclui, entre outras coisas, que só se pode explicar o julgamento e a condenação de Yeshua com base em que Ele mesmo predissera Sua morte e ressurreição."

Smith diz ainda mais: "Se você ou eu disséssemos a um grupo de amigos que esperávamos morrer, quer de morte violenta ou natural, numa determinada data, e que, três dias depois de morrer, ressuscitaríamos, seríamos discretamente internados pelos amigos num hospital, até que voltássemos plenamente lúcidos. E essa atitude dos amigos estaria correta, pois só um louco ficaria andando por aí falando em ressuscitar ao terceiro dia, a menos que soubesse que isso iria acontecer, e ninguém no mundo jamais teve esse conhecimento sobre si mesmo com exceção de Yeshua, o Filho de Deus".

Bemard Ramm comenta: "Aceitando o registro dos Evangelhos como história fidedigna, não pode haver dúvidas de que o próprio Yeshua previu Sua morte e ressurreição e que abertamente o declarou aos discípulos... Os escritores dos Evangelhos são bastante honestos a ponto de admitir que tais predições não alcançaram suas mentes até a ressurreição se tornar um fato (João 20:9). Mas a prova está ali, vinda dos lábios de nosso Senhor, de que Ele voltaria dos mortos depois de três dias. Ele lhes disse que seria morto violentamente por causa do ódio e que ressuscitaria no terceiro dia. Tudo isso aconteceu".

John R. W. Stott escreve: "O próprio Yeshua jamais predisse Sua morte sem acrescentar que ressuscitaria, e descreveu a ressurreição que iria acontecer como um 'sinal'. Paulo, no início da carta aos Romanos, escreveu que Yeshua 'foi designado Filho de Deus com poder... pela ressurreição dos mortos'. E os primeiros sermões dos apóstolos, registrados no livro de Atos, repetidamente asseveram que, através da ressurreição, Deus mudou o destino do homem e confirmou o Seu Filho".

2B. As Afirmações Feitas por Yeshua


Yeshua não apenas predisse Sua ressurreição como também enfatizou que esse acontecimento seria o "sinal" que confirmaria suas afirmações de que era o Messias:

Mateus 12:38-40; 16:21; 17:9, 22, 23; 20:18,19; 26:32; 27:63.
Marcos 8:31-9:1; 9:10, 31; 10:32-34; 14:28, 58.
Lucas 9:22-27.
João 2:18-22; 12:34; 14:1-16:33.

Mateus 16:21 — "Desde esse tempo, começou Yeshua, o Messias a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas cousas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto, e ressuscitado no terceiro dia".

Mateus 17:9 — "E, descendo eles do monte, ordenou-lhes Yeshua: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem ressuscite dentre os mortos".

Mateus 17:22, 23 — "Reunidos eles na Galiléia, disse-lhes Yeshua: O Filho do homem está para ser entregue nas mãos dos homens; e estes o matarão; mas ao terceiro dia ressuscitará. Então os discípulos se entristeceram grandemente".

Mateus 20:18,19 — "Eis que subimos para Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte. E o entregarão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado: mas ao terceiro dia ressurgirá".

Mateus 26:32 — "Mas depois da minha ressurreição, irei adiante de vós para a Galiléia".

Mateus 9:10 — "Eles guardaram a recomendação, perguntando uns aos outros o que seria o
ressuscitar dentre os mortos".

Lucas 9:22-27 — "É necessário que o Filho do homem sofra muitas cousas, seja rejeitado pelos
anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas; seja morto e no terceiro dia ressuscite. Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se, ou a causar dano a si mesmo? Porque qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos anjos. Verdadeiramente vos digo: Alguns há dos que aqui se encontram que de maneira
nenhuma passarão pela morte até que vejam o reino de Deus".

João 2:18-22 — "Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Que sinal nos mostras, para fazeres estas cousas? Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei. Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias, o levantarás? Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo. Quando, pois, Yeshua ressuscitou dentre os mortos, lembraram-se os seus discípulos de que ele dissera isto; e creram na Escritura e na palavra de Yeshua".


3A. A ANÁLISE HISTÓRICA

1B. A Ressurreição de Yeshua como um Acontecimento Histórico da Dimensão Tempo-Espaço


A ressurreição de Yeshua é um evento ocorrido na história, onde Deus agiu numa dimensão tempo-espaço específica. Sobre isso Wilbur Smith diz: "O significado da ressurreição é uma questão teológica, mas o fato da ressurreição é uma questão histórica; é possível que a natureza do corpo ressurreto de Yeshua seja um mistério, mas o fato de que o corpo desapareceu do túmulo é uma questão a se decidir com base em provas históricas".

"Pode-se localizar geograficamente com precisão onde o evento se deu; o homem que possuía o túmulo era uma pessoa que vivia na primeira metade do primeiro século; aquele túmulo foi escavado na rocha, na encosta de uma colina próxima de Jerusalém, e não foi um túmulo imaginário, mas foi algo com um significado geográfico. Os guardas colocados junto àquele túmulo não foram seres etéreos vindos do monte Olimpo; o Sinédrio era um grupo de homens que se reunia com freqüência em Jerusalém. Conforme podemos ler numa grande quantidade de textos disponíveis, essa pessoa, Yeshua, foi um ser vivo, um homem entre outros homens, não importa o que mais Ele tenha sido, e os discípulos que saíram para pregar o Senhor ressurreto eram homens entre outros homens, homens que comiam, bebiam, dormiam,
sofriam, trabalhavam, morriam. O que há de 'doutrinário' nisso? Essa é uma questão histórica".

Afirma-se que Inacio (ca. 50-115 A.D.), nascido na Síria e discípulo do apóstolo João e do bispo de Antioquia, "foi atirado às feras do Coliseu, em Roma. Escreveu suas Epistolas durante a viagem de Antioquia até o local de seu martírio". Num momento indubitável de lucidez, diz o seguinte sobre Yeshua: "Ele foi crucificado e morreu sob Pôncio Pilatos. De fato, e não simplesmente na aparência, Ele foi crucificado e morreu, o que foi visto pelos seres nos céus, em cima e debaixo da terra". "Em três dias Ele ressurgiu... No dia da preparação, então, à hora terceira, foi sentenciado por Pilatos, tendo o Pai permitido que aquilo acontecesse; à hora sexta, foi crucificado; à hora nona, entregou o espírito; e antes do pôr-do-sol foi sepultado. Durante o sábado Ele permaneceu sob a terra no túmulo em que José de Arimatéia o sepultara."
"Da mesma forma como nós, Ele foi gerado no ventre pelo período comum; e nasceu da mesma maneira como nós; e foi de fato alimentado com leite, e, tal como nós, ingeriu comida e bebida. E, depois de ter vivido durante trinta anos entre os homens, foi imergido realmente por João, não apenas na aparência.
Depois de ter pregado o evangelho e ter feito sinais e maravilhas durante três anos, Aquele que era o próprio Juiz foi julgado por aqueles que falsamente são chamados de judeus e pelo governador Pôncio Pilatos; foi espancado, esbofeteado e recebeu cuspidas; usou uma coroa de espinhos e uma capa púrpura; foi condenado: Ele realmente foi crucificado; não foi uma impressão da mente, nem um caso de imaginação ou de engano. Ele realmente morreu, foi sepultado e ressuscitou dos mortos..."

O brilhante historiador Alfred Edersheim fala da data específica da morte e ressurreição de Yeshua: "O dia curto da primavera estava se aproximando da 'noite do sábado'. Em geral, a lei determinava que não se devia deixar que o corpo de um criminoso passasse a noite pendurado e insepultado. Talvez em circunstâncias ordinárias os judeus não tivessem tido tanta convicção ao solicitar a Pilatos que abreviasse o sofrimento daqueles que estavam crucificados, visto que o castigo da crucificação freqüentemente não durava apenas horas, mas dias, até que sobreviesse a morte. Mas esta era uma ocasião especial. O Shabat que estava por iniciar era um dia santificado — era tanto um sábado quanto o segundo dia dade Pessach, o qual
era considerado sob todos os aspectos tão sagrado como o primeiro dia — ou até mais, pois era o dia em que se apresentava ao Senhor a oferta de molhos movidos".

No dizer de Wilbur Smith, "apenas diga-se que temos mais detalhes sobre as horas que antecederam a morte de Yeshua e sobre a própria morte, acontecimentos ocorridos em Jerusalém e proximidades, do que os detalhes que temos sobre a morte de qualquer outra pessoa do mundo antigo".

"Justino Martir (ca. 100-165), filósofo, mártir, apologeta... Sendo um ávido investigador da verdade, bateu sucessivamente às portas do estoicismo, aristotelismo, pitagorismo e platonismo, mas detestou o epicurismo... Ele disse: 'Descobri que só esta filosofia é segura e benéfica'."

De fato, Justino Mártir veio a perceber que, enquanto os sitemas filosóficos do mundo ofereciam sugestões intelectuais, só a fé no Messias ofereceu o próprio Deus intervindo no tempo e espaço através de Yeshua, o Messias. De um modo bem direto ele afirma: '... o Messias  nasceu cento e cinqüenta anos atrás, à época de Quirino, e mais tarde, à época de Pôncio Pilatos..."

Tertuliano (ca. 160-220), de Cartago, no norte da África, diz: "Mas os judeus ficaram tão exasperados com os ensinos de Yeshua, mediante os quais os líderes e dirigentes judeus foram convencidos da verdade, principalmente porque muitos passaram a segui-lO, que finalmente levaram-nO a Pôncio Pilatos, à época governador romano da Síria, e, pelos violentos clamores contra Ele, arrancaram de Pilatos uma sentença que o condenava à crucificação".

Acerca da ascensão de Yeshua Tertuliano assevera: É "um fato muito mais seguro do que as
afirmações do vosso senador Prôculo acerca de Rômulo" (Prôculo foi um senador romano que afirmou que Rômulo lhe havia aparecido depois de morto). Todas estas coisas Pilatos fez a Yeshua: e sendo "de fato um seguidor do Messias por convicção própria, ele informou
sobre o Messias ao César que estava no poder, que era Tibério. Sim, e os Césares também teriam crido no Messias caso não fossem necessários ao mundo ou caso os seguidores do Messias pudessem ter sido Césares. Seus discípulos, também se espalhando pelo mundo, fizeram tal como seu Mestre Divino lhes ordenara; e depois de terem sofrido muitíssimo devido às perseguições dos judeus, e, com o coração disposto de quem confia firmemente na verdade, por meio da cruel espada de Nero lançaram em Roma semente do sangue dos seguidores do Messias".

Josefo, um historiador judeu que escreveu no final do primeiro século A.D., tem este fascinante trecho no livro Antiguidades (18.3.3): "Por essa época surgiu Yeshua, um homem sábio, se é que é correto chamá-lo de homem, pois operava obras maravilhosas, e era um mestre que faz as pessoas receberem a verdade com prazer. Ele congregou junto a si muitos judeus e muitos gentios. Ele era o Messias, e Pilatos, por sugestão dos principais líderes dentre nós, condenou-o à cruz, aqueles que desde o início o amavam não o largaram; pois ele tornou a aparecer-lhes vivo ao terceiro dia, tal como os profetas de Deus haviam predito essas e mais de dez mil outras coisas a seu respeito. E a tribo dos messiânicos, que tem esse nome devido a ele, até hoje existe".

Já se tentou demonstrar que Josefo não poderia ter escrito esse texto (veja página 104). No entanto, em Man Alive (O Homem Vivente) Michael Green escreve que "essa passagem fazia parte do texto de Josefo que Eusébio utilizou no século quarto". E também afirma que essa passagem "aparece na mais recente edição das obras de Josefo, preparada por Loeb. E é ainda mais notável quando lembramos que, longe de ser simpático aos messiânicos, Josefo era um judeu que escrevia para agradar aos romanos. Essa história não os teria agradado nem um pouco. Dificilmente tê-la-ia incluído se não fosse verdadeira".

Acerca da natureza histórica da fé da congregação primitiva, diz o professor Leaney: "O próprio Novo Testamento não dá de modo algum margem a qualquer outro enfoque senão este: Yeshua foi crucificado e sepultado. Seus discípulos ficaram extremamente abatidos. Bem pouco tempo depois eles estavam jubilantes e demonstraram uma tal confiança que os impelia até mesmo ao martírio através de uma vida constante de devoção. Se procurarmos saber mediante os escritos que refletem os seus pensamentos o que provocou essa mudança, a resposta não será 'a mudança gradual em nossa convicção de que não estávamos marcados pela morte, mas que aquele que fora crucificado e sepultado estava vivo'. Na verdade, a resposta será: 'Yeshua, que havia morrido, depois de sua morte apareceu vivo a alguns de nós, e todos temos crido no
testemunho deles'. Talvez valha a pena assinalar que essa maneira de colocar a questão constitui uma afirmação histórica, da mesma forma como a afirmação histórica 'o Senhor ressuscitou', que tem influenciado homens e mulheres a crerem".

Falando sobre a natureza forense das narrativas do Novo Testamento, Bernard Ramm diz: "Em Atos 1, Lucas nos informa que Yeshua se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis (en pollois tekmeriois), uma expressão que indica o tipo mais forte de prova legal".

Clark Pinnock também se manifesta: "A certeza dos apóstolos baseava-se nas experiências que tiveram de fatos reais. Yeshua se apresentou a eles 'com muitas provas incontestáveis' (Atos 1:3). O termo que Lucas emprega é tekmerion, que indica uma prova demonstrável. Os discípulos chegaram à fé na ressurreição através de provas empíricas indiscutíveis, que estavam ao seu alcance e que estão ao nosso alcance, através do testemunho escrito que nos deixaram.

Para nós que vivemos numa era que exige provas que sustentem a posição messiânica, é importante respondermos a essa exigência com considerações históricas adequadas, pois a ressurreição encontra-se no âmbito dos fatos históricos e constitui uma excelente motivação para se confiar em Yeshua como Salvador".

O professor Ernest Kevan estabelece ainda mais o valor das provas dessas testemunhas: "O livro de Atos dos Apostolos foi escrito por Lucas em alguma época entre 63 A.D. e a queda de Jerusalém em 70A.D. Ele explica no prefácio de seu Evangelho que coletou informações junto a testemunhas oculares, e pode-se concluir que essa foi também a maneira como preparou o livro de Atos. Além do mais, como o próprio emprego do pronome 'nós' em certas passagens o revela, Lucas participou pessoalmente de alguns acontecimentos que narra. Esteve envolvido na pregação dos primeiros dias e teve participação nos grandes acontecimentos do princípio da congregação dos seguidores do Messias. De modo que Lucas foi alguém que viveu naquela época, sendo uma testemunha de primeira mão... É inimaginável que a congregação primitiva não conhecesse sua própria história; e o próprio fato da aceitação desse livro pela congregação atual é uma prova de sua exatidão".

Citando um renomado erudito, Kevan destaca: "Assim como a Congregação é santa demais para estar alicerçada sobre a corrupção, da mesma forma ela é real demais para estar alicerçada sobre um mito".

"Para a confirmação de um suposto fato histórico, nenhum documento é considerado mais valioso do que a correspondência da época".

O professor Kevan diz o seguinte sobre as epístolas do Novo Testamento: "... As cartas escritas àquela época pelo apóstolo Paulo constituem provas irrefutáveis. Essas epístolas são prova histórica da melhor qualidade. As cartas endereçadas aos Galatas, aos Corintios e aos Romanos, de cuja autenticidade e data de composição existe pouquíssima contestação, pertencem à época das viagens missionárias de Paulo, e pode-se datá-las do período de 55 a 58 A.D. Isso aproxima as provas da ressurreição de Yeshua ainda mais perto do próprio acontecimento: o intervalo representa o pequeno hiato de vinte e cinco anos. E visto que o próprio Paulo deixa claro que o assunto de sua carta era o mesmo de que havia tratado quando esteve com
eles, isso na verdade coloca as provas num período ainda mais remoto".

Bernard Ramm afirma que mesmo "a leitura mais superficial dos Evangelhos revela o fato de que eles tratam da morte e ressurreição de Yeshua com muito mais detalhes do que qualquer outra parte do seu ministério. Os detalhes da ressurreição não devem ser artificialmente separados do relato da paixão".

Yeshua apareceu muitas vezes depois da ressurreição. Essas aparições ocorreram em momentos específicos nas vidas de indivíduos específicos, e, além do mais, estiveram restringidas a lugares específicos.

Wolfhart Pannenberg, "professor de Teologia Sistemática na Universidade de Munique, na Alemanha, foi aluno de Barth e de Jaspers, e tem se preocupado principalmente com as questões da relação entre fé e história. Junto a um pequeno e ativo grupo de teólogos em Heidelberg, ele vem elaborando uma teologia que considera como tarefa primordial o exame dos dados históricos das origens da fé no Messias".

Esse brilhante erudito afirma: "Se a ressurreição de Yeshua aconteceu ou não é uma questão da história, e a essa altura é impossível fugir a essa questão. De modo que se deve discutir e decidir sobre o assunto em nível histórico".

O estudioso do Novo Testamento C. H. Dodd escreveu que "a ressurreição permanece sendo um acontecimento dentro da história..."

Citando C. F. D. Moule, que foi professor em Cambridge, /. N. D. Anderson assevera que "desde o início, a convicção de que Yeshua fora ressuscitado dentre os mortos tem sido tal que dela depende a própria existência dos seus seguidores. Não havia qualquer outra razão que explicasse a vida dos seguidores do Messias, que explicasse a sua existência... Em lugar algum do Novo Testamento existe qualquer prova de que os seguidores do Messias tenham   originalmente defendido uma filosofia de vida ou um sistema ético. Seu único dever era dar testemunho daquilo que afirmavam que aconteceu — a ressurreição de Yeshua dentre os mortos... O único aspecto realmente diferente que os seguidores do Messias defendiam era a afirmação de que Yeshua fora ressuscitado dentre os mortos de acordo com o desígnio de Deus, a conseqüente conclusão de que Ele era, num sentido único, Filho de Deus e o homem que representava os demais, o conceito resultante do caminho da reconciliação".

W J. Sparrow-Simpson afirma: "A Ressurreição do Messias Yeshua é a base da Fé dos Apóstolos, e isso é assim tanto por razões dogmáticas como por causa das provas... A consciência que se tem do caráter basilar da ressurreição revela-se na posição que ela ocupa no testemunho da congregação. Um apóstolo recebe a ordenação para ser testemunha da ressurreição (Atos 1:22). As pessoas se referiram ao conteúdo da mensagem da Fé dos seguidores do Messias pregada por Paulo em Atenas como 'Yeshua e a ressurreição' (17:18). As passagens iniciais de Atos reafirmam a declaração: 'A este Yeshua, Deus ressuscitou, do que todos nós somos
testemunhas' (2:32)".

"Na verdade, é a Ressurreição do Messias Yeshua que tem capacitado as pessoas a crerem na exaltação oficial de Yeshua sobre a humanidade. Não é uma simples questão acerca da influência de Seu caráter, exemplo e ensino. É que essa entrega pessoal a Ele como o Redentor tem sido estimulada por essa crença, e não pode ser explicada sem ela. Na verdade, aqueles que negam consistentemente Sua Ressurreição geralmente negam Sua origem divina e Sua obra redentora em todos os sentidos que Paulo as entendia".

Nenhum comentário:

Postar um comentário